Editora WMF Martins Fontes
Sinopse
Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.
O que achei?
O livro é dividido em duas partes, um "antes" e um "depois" de algo, que representam fases diferentes da história. Cada legenda de cada capítulo conta os dias antes de algo acontecer e isso desperta muita curiosidade no leitor. A narrativa é composta de humor, mistério e drama. Um livro recomendado para adolescentes/adultos. Crianças não leiam.
Na primeira fase da história, Miles tem como meta se socializar e fazer amigos na nova escola, logo conhece Chip, ou Coronel, seu colega de quarto, que coloca seu apelido de "Gordo", pelo fato de ser muito magro, sim, e depois o apresenta para Alasca e outros colegas.
Para poder se enturmar, Gordo começa a fumar, beber e se meter em várias confusões. Seus novos amigos não são exatamente as melhores companhias, principalmente Alasca, mas ele acaba se apaixonando por ela.
Na segunda fase, o "depois" do acontecimento, que não irei falar qual é, Gordo entra em um mundo de reflexão, sobre a vida, o que nos faz refletir também. Essa parte da história me fez lembrar muito "Cidades de Papel" por conta dos mistérios, e inclusive, a personagem Alasca lembra muito Margo, o que me fez gostar ainda mais do livro.
A busca de Miles pelo "Grande Talvez" é o que dá sentido ao fato dele começar a fazer o que não é "politicamente correto" numa escola. No desenvolvimento da história suas reflexões o faz enxergar a diferença sobre as pessoas no modo como elas são, no interior delas, e como nós as vemos, como acreditamos que elas sejam. Nem precisa comentar muito sobre a escrita do John Green né? É incrível o modo como ele nos prende a história e nos faz apegar aos personagens. Enfim, gostei muito do livro e indico!