segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Livro "1984" de George Orwell

Sinopse                                                               Companhia das Letras

Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. Quando foi publicada em 1949, poucos meses antes da morte do autor, essa assustadora distopia datada de forma arbitrária num futuro perigosamente próximo logo experimentaria um imenso sucesso de público. Seus principais ingredientes - um homem sozinho desafiando uma tremenda ditadura; sexo furtivo e libertador; horrores letais - atraíram leitores de todas as idades, à esquerda e à direita do espectro político, com maior ou menor grau de instrução. À parte isso, a escrita translúcida de George Orwell, os personagens fortes, traçados a carvão por um vigoroso desenhista de personalidades, a trama seca e crua e o tom de sátira sombria garantiram a entrada precoce de 1984 no restrito panteão dos grandes clássicos modernos.



O que achei?

Primeiramente quero comentar o fato de que me interessei pelo livro não apenas pelo cargo de importância na literatura mundial, como também pelo fato de que o livro foi a inspiração para o nome do reality "Big Brother", o que logo deixo claro que a interligação entre o livro e o reality está apenas no fato de que na sociedade governada pelo Grande Irmão (Big Brother) todos são assistidos e ouvidos pelo Estado por meio das "teletelas".
Por ser um livro publicado em 1949, fiquei muito apreensiva sobre a escrita de Orwell, não sabia se iria conseguir entender e acompanhar a narrativa. No inicio realmente é um pouco difícil de ler e compreender a história, Winston, personagem principal, utiliza de várias expressões, da chamada "Novafala", que são palavras modificadas no contexto histórico do livro e que obviamente não sabemos os significados, mas que são explicados ao longo da narrativa, além do fato de que a história em si é muito complexa, há vários detalhes sobre o cotidiano daquela sociedade e do governo que são extremamente importantes para compreender o contexto da história e seus rumos. 
Apesar das dificuldades, após os primeiros capítulos e do entendimento do cenário em si, a narrativa flui e é de fácil percepção as angustias do personagem sobre a sociedade em que vive, essa angustia é passada para o leitor, que junto com o personagem busca questionar o quanto a sociedade é dominada e controlada por poderes governamentais.
Dentro de toda esse sentimento de revolta e angustia com que o personagem lida na história, surge Julia, que segue uma linha de pensamento simplificado e semelhante ao de Winston, não com esse sentimento de revolta existente no personagem, mas apenas agindo contra as regras do Estado. Winston se envolve com a personagem e encontra uma certa "paz de espirito", além do fato de que o envolvimento amoroso com Julia é contra as regras, o que seria considerado um "ato rebelde" contra o Estado. Em toda a história Winston vive sobre o perigo existente entre quem realmente pode confiar, o que torna até mesmo Julia uma personagem bastante provável à se desconfiar das intenções. 
Enfim, 1984 é um livro de uma "realidade angustiante", não apenas se tratando do contexto ideológico e político desesperador, mas também do que é humanidade, do que te faz ser humano. Indico a todos lerem, apesar de não ser um livro do qual todos conseguem ler.


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